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Acima da agenda eleitoral, brasileiros clamam por boa governança. Para tanto, é preciso abrir as portas e sair às ruas para ver a realidade.

Brasil em descompasso

Fonte: Folha de S.Paulo

O lugar da política

Aécio Neves

O isolamento nunca fez bem aos governantes. Quem se afasta do contato popular e confia apenas num séquito de aduladores, tende a desenvolver, na clausura da poder, uma aversão crescente à realidade.

Temo que estejamos vivendo algo semelhante no Brasil. Isolada em seu palácio, se alimentando de estatísticas e informações oficiais, não raro, distorcidas, a presidente da República se distancia cada vez mais da pulsação intensa da vida diária. A palavra empenhada de aproximação com os movimentos sociais e um maior diálogo com a sociedade não conseguiu vencer as portas sempre fechadas, o acesso restrito, a redução dos canais de escuta e diálogo.

O governo se mostra acuado, temeroso de se expor. A figura da presidente tem sido poupada nos eventos mais populares, como o Carnaval. Até mesmo os discursos de abertura e encerramento da Copa do Mundo foram providencialmente suspensos, por medo das vaias que poderiam constranger as autoridades presentes.

É forçoso reconhecer que algo saiu errado no script minuciosamente montado para apresentar ao país uma versão edulcorada de sucesso, otimismo e crescimento. Não há enredo fantasioso que se sustente diante de uma realidade que teima em driblar as maquinações mais criativas. A economia cresce pouco. A inflação caminha célere. A inadimplênciadas famílias bate no teto. A indústria patina e produz o equivalente a 2008. A carga tributária é das mais altas do mundo e a conta dos erros no setor elétrico começa a ser cobrada de empresários e consumidores.

Nas áreas essenciais, os números são vergonhosamente ruins. Na saúde e na segurança, as crises se acumulam, denunciando diariamente a crônica precariedade dos serviços públicos. A anunciada austeridade fiscal não convence nem o próprio governo, que a atropela sistematicamente.

Há visível descompasso entre o Brasil real e o da propaganda. Em algum momento, eles deverão se encontrar frente a frente. Até lá, seria prudente distender a estratégia de confronto e isolamento em vigor.

Em tempos de crise, é preciso baixar a guarda, ouvir e conversar mais. A intolerância com os adversários, a ojeriza ao debate transparente e a arrogância no trato com interlocutores de vários segmentos chegou ao cúmulo de atingir agora os próprios aliados.

debate democrático foi substituído por um discurso ufanista e autoritário, retrato de uma gestão encastelada em suas quimeras.

O Brasil merece mais. Acima da agenda eleitoral, os brasileiros clamam por boa governança. Para tanto, é preciso abrir as portas e sair às ruas para ver a realidade em movimento e ouvir as vozes que, hoje, não conseguem ultrapassar as antessalas do poder.

AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

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Sem Gestão, Gestão Deficiente, Desperdício de dinheiro público

Fonte: Rafael Moraes Moura – O Estado de S.Paulo 

Poder público perde controle e obras da Copa já estão R$ 2 bilhões mais caras

Pressão política que levou à alteração de parecer no Ministério das Cidades é exemplo da elevação

A fraude no Ministério das Cidades que abriu caminho para a aprovação do projeto de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o original, é apenas um dos exemplos de como o custo das obras da Copa do Mundo escapou do controle público. No que diz respeito à mobilidade urbana, os gastos totais aumentaram R$ 760 milhões, quando comparada a atual estimativa à previsão inicial de janeiro de 2010. O caso de Cuiabá foi revelado pelo Estado na última quinta-feira.

Levando-se em conta a alteração orçamentária dos estádios, o aumento total das obras da Copa supera R$ 2 bilhões.

A mudança de planos em Cuiabá atendeu aos apelos do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB). Além de Cuiabá, houve aumento de preço nas obras de mobilidade urbana em outras cinco cidades: Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Em Belo Horizonte, o BRT da avenida Cristiano Machado saltou de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões, acréscimo de 164,3%. Em Manaus, o valor global das duas obras previstas – um monotrilho, já criticado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e uma linha rápida de ônibus – aumentou 20%.

O prolongamento da Avenida Severo Dullius, em Porto Alegre, ficou 70% mais caro. Todas as cinco obras de mobilidade urbana programadas para Recife encareceram – entre elas, o BRT Leste/Oeste – Ramal Cidade da Copa, que aumentou de R$ 99 milhões para R$ 182,6 milhões (84,40% de diferença). O Corredor Caxangá (Leste/Oeste), por sua vez, agora custa R$ 133,6 milhões, ou 80,54% a mais.

Exceção. Em São Paulo, por outro lado, a obra do monotrilho despencou de R$ 2,8 bilhões para R$ 1,8 bilhão, o que, no conjunto, reduziu o impacto do aumento de preço em outros Estados. Já em Fortaleza não houve mudança nos investimentos. Em Brasília, a variação foi mínima: 4,48%.

O levantamento feito pelo Estado nas obras de mobilidade urbana não considera três capitais – Salvador, Natal e Curitiba -, que não aparecem na última matriz de responsabilidades divulgada pelo governo, em novembro passado. Segundo o Ministério do Esporte, esses projetos ainda estão sob análise.

No universo dos estádios que vão receber jogos da Copa do Mundo, as variações porcentuais foram ainda mais expressivas, devido a aditivos e mudanças nos próprios projetos.

Em vez de reformar o Morumbi por R$ 240 milhões, os organizadores de São Paulo optaram pela construção de uma nova arena, o Itaquerão, que deve custar R$ 820 milhões (+241,6%).

A última cifra do Maracanã é 47,25% – ou R$ 283 milhões – mais alta que a inicialmente prevista, puxada pela mudança de cobertura do estádio.

O custo do Beira Rio, de Porto Alegre, mais que dobro: foi de R$ 130 milhões para R$ 290 milhões. O caso de Brasília é curioso devido à ficção orçamentária: o valor da obra do novo Mané Garrincha caiu de R$ 745,3 milhões para R$ 688,3 milhões. A conta, no entanto, não inclui itens como cobertura, catracas, gramado nem as traves, excluídos do projeto porque serão licitados à parte. Ou seja: o valor final dessa arena é um mistério.

Justificativas. Em resposta ao Estado sobre o estouro de custos nas obras da Copa, o Ministério das Cidades disse que “está em andamento a revisão da matriz de responsabilidades” dos projetos de mobilidade. Afirmou, ainda, que as alterações nos valores das obras devem-se ao “desenvolvimento dos projetos” e ao “detalhamento das desapropriações”.

O BRT Cristiano Machado, em Belo Horizonte, por exemplo, ganhou recursos remanejados de outro projeto, “em função de estudos mais aprofundados, que mostraram a necessidade de mudanças na pavimentação e inclusão de estações de integração”, informou a pasta.

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Aécio Neves afirma que PSDB está mais unido e pronto para enfrentar novos desafios

Fonte: PSDB-MG

“Os brasileiros vão acordar amanhã sabendo que, mais do que nunca, o PSDB está unido e pronto para enfrentar os desafios que temos pela frente”, diz Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB/MG) foi recebido com aplausos, no início da tarde deste sábado, na Convenção Nacional do PSDB, em Brasília, que elegeu a nova Executiva do partido. Ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do ex-governador José Serra, e do deputado federal Sérgio Guerra, reeleito presidente do partido, o senador comemorou a demonstração de unidade do partido e disse que os tucanos caminharão juntos na discussão de projetos para o país e na oposição ao governo do PT.

“Apostaram na nossa divisão, instigaram rupturas, disseram que o PSDB colocaria projetos pessoais individuais à frente da nossa responsabilidade para com o Brasil. Os brasileiros dos quatro quadrantes dessa nação vão acordar amanhã sabendo que mais do que nunca o PSDB está unido e pronto para enfrentar os desafios que temos pela frente, para reintroduzirmos também no governo federal a ousadia de Fernando Henrique, a seriedade do PSDB e os resultados que apresentamos”, afirmou o senador.

Aécio Neves discursou para um auditório lotado de lideranças entre elas os governadores eleitos do PSDB, deputados federais e estaduais e senadores tucanos e de partidos aliados, além de delegados e militantes de todo o país. Aécio Neves destacou a capacidade política do presidente Sérgio Guerra na condução e na defesa do partido e cumprimentou o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, pelo retorno aos quadros do partido à frente do Instituto Teotônio Vilela (ITV). Jereissati foi presidente do PSDB por duas vezes e encerrou, em 2010, seu mandato como senador pelo partido.

O senador ainda cumprimentou cada um dos integrantes do PSDB que participaram do processo de decisão para eleição da nova executiva e do novo diretório nacional e da presidência dos organismos partidários.Aécio convocou os tucanos a percorrer o Brasil levando o sentimento de união e seriedade bandeiras do partido.

“Cumprimento cada um daqueles que construíram a nossa unidade, dizendo que hoje é apenas um início de uma nova caminhada, com os olhos postos no futuro, com a certeza e o orgulho de que temos os melhores quadros e as melhores propostas. Vamos cada um de nós, governadores, deputados, senadores, vereadores, prefeitos do PSDB nos encontrar pelas ruas desse país afora pregando a seriedade e pregando o trabalho. Vamos juntos, rumo ao futuro e o futuro do Brasil é a vitória do PSDB”, disse.

Modernidade
Em seu pronunciamento Aécio Neves também destacou a importância do PSDB para o desenvolvimento e a modernização da economia do país e a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

“Ninguém inovou tanto nesse país como inovou o PSDB. Ninguém fez mudanças mais profundas nesse país como fez o PSDB. E se somos hoje um país melhor, e realmente somos, se somos um país moderno, se novamente voltamos a ser respeitados internacionalmente, se estamos diminuindo nossas diferenças regionais, tudo isso é consequência do que foi plantado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso com a estabilidade econômica, com a modernização da nossa economia e com a ousadia para fazer aquilo que os que estão hoje no poder não têm coragem de fazer”, disse.

Aécio Neves disse estar confiante na capacidade do partido em mostrar à população brasileira que o PSDB é a única alternativa política no país.

“O PSDB é uma obra coletiva. Que bom podemos dizer aqui hoje para o Brasil inteiro. Esse é um partido sem dono. O dono do PSDB é o povo brasileiro que acredita nas nossas propostas e que vai caminhar ao nosso lado nos desafios que estão por vir. Os quadros estão ai, mas mais do que os quadros talentosos e respeitados do PSDB, temos ideias, temos projetos”, disse.

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Mineiros respondem a veto e alegam discriminação do Estado

Fonte: Carla Kreefft – O Tempo

Críticas. Aécio Neves e governador Anastasia lamentaram exclusão de Minas do mapa de benefícios fiscais
Para tucanos, decisão foi mais uma resposta negativa do PT 

 
O senador Aécio Neves e o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, ambos do PSDB, reagiram ontem ao veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à Medida Provisória (MP) 512, que atenderia aos municípios da região do Estado que fazem parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

A emenda substitutiva à MP estenderia os incentivos fiscais para as indústrias de veículos, caminhões e tratores que viessem a se instalar no Norte e no Vale do Jequitinhonha e foi protocolada em março por Aécio Neves. O plenário do Senado aprovou a emenda no mês passado.

Ontem, Aécio Neves fez críticas à bancada do PT e ao governo federal que, segundo ele, não quis incluir os municípios mais pobres de Minas na proposta. “O PT disse que faria os esforços possíveis junto à presidente da República, mas infelizmente o que estamos percebendo é mais uma série de omissões do governo federal”. “Não sei onde está a bancada do PT, que tantos votos pediu nas últimas eleições para ver Minas Gerais ser alijada do mapa de investimentos importantes do Brasil”, criticou. Ele afirmou que o único objetivo da MP aprovada é a transferência dos investimentos da Fiat de Minas para Pernambuco.

O senador lamentou a decisão do governo federal e afirmou que, mais uma vez, os mineiros receberam “uma péssima notícia do governo do PT”. Ele ainda acusou o governo federal de não conceder um tratamento igualitário a Minas em relação aos outros Estados.

Já o governador Antonio Anastasia afirmou que a sanção da MP era esperada com grande ansiedade pelo governo de Minas, mas que a notícia do veto acabou gerando uma grande decepção. “Eu imagino o número de empregos que deixará de ser criado por conta desse veto. Minas já estava em tratativas avançadas com empresas do setor automobilístico para instalação de novas indústrias no Norte de Minas”, declarou.

O governador ainda disse que, com o veto, é preciso que o governo federal adote medidas de compensação para o Estado.

Anastasia lembrou que o Estado já foi penalizado duplamente. O prejuízo começou com a MP editada pelo governo federal, no fim do ano passado, que criou incentivo específico para Pernambuco, possibilitando a instalação de uma fábrica da Fiat no Estado. O Estado voltou a ser prejudicado, agora, com o veto.

“O Congresso aprovou dispositivo permitindo que a área mineira da Sudene recebesse o mesmo tratamento. Houve uma movimentação firme das forças políticas mineiras – até governo e oposição – na tentativa de ter a sanção do dispositivo que, lamentavelmente, não veio”, explicou.

 
Explicação tenta tirar caráter político
A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem a lei que determina que as indústrias automotivas instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste recebam incentivos fiscais ao apresentarem seus projetos de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e modelos.

A proposta não foi aprovada em sua totalidade. A presidente vetou os artigos que estendiam os benefícios aos municípios abrangidos pela área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

De acordo com a presidência, a inclusão dos fabricantes instalados nesses municípios “extrapola os valores originalmente previstos para a renúncia fiscal”.

Além disso, foi vetado o artigo que punia o não- cumprimento dos requisitos legais por parte das empresas beneficiadas com a suspensão do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), impedindo assim o seu funcionamento.

Para a Presidência, a sanção desses dois pontos seria “desproporcional” e acarretaria “consideráveis prejuízos sociais e econômicos ao país”. A justificativa tenta retirar o caráter político da medida presidencial.

A sanção da lei e os dois vetos foram publicados ontem do “Diário Oficial da União”. (CK)

Solução
Secretário ainda busca outra alternativa para evitar danos
 
O secretário de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Gil Pereira (PP), fez coro ontem às críticas do senador Aécio Neves e do governador Antonio Anastasia ao veto da presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que o sentimento dele e dos prefeitos dos municípios que seriam beneficiados com a aprovação da Medida Provisória (MP) 512 é de grande frustração.

Na tentativa de reverter a situação e garantir benefícios fiscais às empresas que têm mostrado interesse em investir no Norte de Minas, o secretário afirma que vai se reunir em Brasília, na próxima semana, com deputados federais e senadores da oposição ao governo federal e também da base governista para discutir o que ainda pode ser feito pela proposta. “Na próxima semana, também vou ter uma audiência com o ministro (de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) Fernando Pimentel. Acho que o Pimentel também poderia assumir essa mobilização”, declarou.

Gil Pereira classificou o veto da Presidência como prejudicial ao Estado e disse que “a aprovação dessa MP voltada para Minas seria uma forma de Dilma atestar e valorizar a união em torno do Estado”.

O secretário salientou que a sanção da MP voltada para Minas seria justa. “A área territorial abrangida em Minas seria maior que Sergipe, Pernambuco, Alagoas e Paraíba juntos. Isso mostra a importância desse projeto para o Estado”.

Gil Pereira disse ainda que Minas Gerais continuará unida em torno dessa causa. “Contamos com o apoio de deputados federais, senadores e secretários. Queremos mudar essa situação”,completou. (AndersonAlves)

Minas terá 168 municípios sem incentivos fiscais federais

O substitutivo ao projeto original da Medida Provisória 512 apresentada pelo senador Aécio Neves (PSDB) propunha a extensão dos benefícios fiscais federais para 168 municípios da região Norte de Minas.

O objetivo do substitutivo seria desenvolver as regiões mais pobres do país, no entanto, o veto da presidente Dilma Rousseff impede que indústrias que se instalem em Minas recebam benefícios.

O veto do governo foi anunciado anteontem, quando o senador Humberto Costa, relator da matéria, afirmou que a emenda substitutiva não deveria passar pela Presidência.

Costa recebeu abaixo-assinado de deputados pedindo prorrogação do prazo de apresentação de projetos para instalação de indústrias no Estado. (CK)

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Reação por mais investimentos

Fonte: Marcelo da Fonseca  – Estado de Minas

VETOS
Empresários e políticos de Minas criticam decisão da presidente que barrou a inclusão do estado em medida para incentivar a atração de indústrias e cobram compensação 

Insatisfeitos com os vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) a oito itens incluídos no texto da Medida Provisória 512 aprovado pelo Congresso, políticos e empresários mineiros lamentaram a posição da petista e cobraram ações para reparar as perdas da Região Norte do estado. Entre os itens vetados está parágrafo que estendia os benefícios fiscais previstos na MP a empresas do setor automotivo que se instalassem na área mineira da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os incentivos perderam a validade ontem, conforme o texto aprovado no Congresso. Os vetos da presidente frustraram interesses mineiros, já que o estado contava com os benefícios fiscais para atrair empresas para o Norte de Minas e vales do Jequitinhonha e Mucuri.

“Lamento o veto e espero que o governo adote medidas de compensação para Minas Gerais. O Congresso aprovou por larga maioria dispositivo permitindo também que a área mineira da Sudene recebesse o mesmo tratamento (previsto inicialmente na MP para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país) . Houve uma movimentação firme das forças políticas mineiras na tentativa de ter a sanção do dispositivo que, lamentavelmente, não veio”, afirmou o governador Antonio Anastasia (PSDB).

A MP 512 foi editada em novembro pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garantindo benefícios fiscais a empresas do setor automotivo que se instalassem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste . Este ano, o senador Aécio Neves propôs a inclusão de municípios mineiros e a prorrogação para dezembro do prazo de concessão dos benefícios. A ampliação do prazo nem chegou a ser incluída no texto aprovado no Congresso, mas havia expectativa de que o tema fosse incluído em outra MP.

O secretário de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira (PP), lamentou a decisão da presidente e prometeu ir à capital federal buscar alternativas aos artigos que foram vetados. “A decepção é muito grande, já que a Dilma conhece a realidade da região. A instalação de empresas automobilísticas, além de gerar muitos empregos e renda para a população, serviria como incentivo para a atração de outras, de vários setores, que acompanham grandes fábricas. Na semana que vem volto a Brasília para entender melhor os motivos do veto e ver o que ainda pode ser feito”, disse.

No Senado, a repercussão entre os parlamentares mineiros também foi negativa. O senador Aécio Neves(PSDB) apontou a união da oposição e da base de governo como demonstração da grande importância que as propostas significavam para Minas e afirmou que a região poderá perder grandes indústrias. ”Tínhamos protocolos avançados de entendimento com indústrias automotivas e com fornecedores que estariam dispostos a fazer investimentos na nossa região da Sudene”, disse. Na Câmara dos Deputados, o sentimento foi parecido e alguns parlamentares mineiros manifestaram a decepção com os vetos. “A presidente recebeu grande apoio em Minas e sempre reforça o fato de ser mineira, por isso esperávamos mais respeito e atenção com as demandas do nosso estado. O que está acontecendo é exatamente o contrário, uma exclusão que não combina com as atitudes republicanas prometidas”, disse o deputadoNárcio Rodrigues (PSDB).

Motivos A presidente Dilma Rousseff creditou os vetos basicamente ao aumento da renúncia fiscal que a ampliação da área significaria. “Os dispositivos propostos extrapolam os valores originalmente previstos para a renúncia fiscal, uma vez que ampliam a área geográfica para a instalação de empreendimentos, permitem a habilitação de novas empresas e possibilitam a acumulação de benefícios”, explica a presidente na justificativa dos vetos publicada na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU).

Na quarta-feira, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou que até o final do ano a equipe econômica vai apresentar um novo projeto com investimentos para as regiões. Segundo ele, as políticas regionais, por serem consideradas fragmentadas, devem ser substituídas. “A decisão não vai afetar apenas municípios mineiros mas todos os estados que deixam de receber os incentivos. O objetivo é construir opções globais para o país”, disse o senador.

ENTENDA O CASO

A Medida Provisória 512 foi editada em novembro pelo então presidente Luiz Inácio da Silva, concedendo benefícios fiscais federais a empresas do setor automotivo que apresentassem projetos para se instalar nas Região Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O prazo para a apresentação dos projetos terminaria no fim de 2010 e foi prorrogado para ontem no projeto de conversão da MP

Os incentivos foram usados pela Fiat Automóveis, com sede em Betim, Minas Gerais, para investir R$ 3 bilhões na instalação de unidade em Pernambuco, em projeto anunciado no fim de 2010

Neste ano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) propôs a inclusão dos 165 municípios da Área Mineira da Sudene e do Espírito Santo no texto da MP

O texto foi aprovado pelo Congresso, que acolheu o pedido do senador tucano, estendendo os incentivos aos municípios mineiros do Norte e Nordeste e dos vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A proposta dependia da sanção da presidência da República

De acordo com a MP, entretanto, as empresas de automóveis teriam até ontem para apresentar seus projetos de investimentos industriais nas áreas atendidas. Por isso, havia forte pressão para que a presidente Dilma Rousseff estendesse o prazo até o fim do ano, o que poderia ser feito por meio de outra MP

A presidente Dilma Rousseff vetou a inclusão de municípios mineiros nos benefícios concedidos pela MP. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de ontem, com mais sete vetos

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Aécio e Itamar estão à frente na disputa pelas duas vagas ao Senado

Fonte: Coligação “Somos Minas Gerais”

Nova pesquisa Datafolha divulgada, nesta quinta-feira (30/09), pelo Jornal Folha de S.Paulo, mostra que Antonio Anastasia seria reeleito já no primeiro turno com 52% dos votos válidos em Minas Gerais. O candidato Hélio Calixto Costa, do PMDB, teria 43%. Para ser eleito no primeiro turno, o candidato precisa ter 50% dos votos válidos mais um voto. Nas últimas semanas, todas as pesquisas eleitorais divulgadas têm mostrado Antonio Anastasia como o candidato que deverá vencer as eleições em Minas.

Na pesquisa estimulada, a candidatura de Antonio Anastasia cresceu e atingiu 43% das intenções de voto. O candidato do PMDB, Hélio Calixto Costa caiu para 36%. A diferença entre os dois candidatos que era de cinco foi ampliada para sete pontos percentuais.

Os números do Datafolha mostram que o crescimento da candidatura de Antonio Anastasia é consistente. Em dois meses de campanha, o governador cresceu 25 pontos percentuais. O candidato do PMDB apresenta situação oposta. Ele caiu oito pontos no mesmo período. Em caso de eventual segundo turno, o governador Antonio Anastasia também seria reeleito, segundo o Datafolha. Ele tem 48% das intenções de voto, contra 40% do outro candidato. Do total de entrevistados pelo instituto, 12% ainda estão indecisos.

A liderança de Antonio Anastasia na disputa pelo Governo de Minas já foi confirmada por cinco institutos de pesquisas, que também apontam tendência de crescimento das intenções de voto. Além do Datafolha, Ibope, EM Data, DataTempo/CP2 e Nexus também divulgaram pesquisas mostrando que o governador é o preferido dos eleitores mineiros.

Senado
Ainda de acordo com o Datafolha, os candidatos da coligação “Somos Minas Gerais” ao Senado, Aécio Neves e Itamar Franco deverão ser eleitos no próximo domingo. Aécio mantém a preferência de 67% dos eleitores mineiros e Itamar Franco está com 43%, enquanto o terceiro colocado está com 34%. Neste ano, os eleitores votarão em dois senadores.

Considerando os votos válidos, Aécio está com 43% dos votos e Itamar 28%. O terceiro colocado com 22%. A nova pesquisa Datafolha ouviu 2.044 eleitores nos dias 28 e 29 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TRE-MG com o número 76.361/2010.

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Anastasia abre 13 pontos sobre Hélio Costa em MG

Fonte: Estado de S.Paulo

Segundo Ibope, candidato do PSDB tem 46%, enquanto adversário do PMDB soma 33%; com 57% dos votos válidos, ele venceria no primeiro turno

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), que concorre à reeleição, subiu quatro pontos porcentuais em três dias e ampliou a vantagem sobre o peemedebista Hélio Costa. Se a eleição fosse hoje, ele venceria no primeiro turno, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo

Anastasia tem 46% das intenções de voto, 13 pontos porcentuais a mais que Costa, com 33%. Na pesquisa anterior, eles apareciam com 43% e 34%, respectivamente.

Com esse resultado, o tucano teria 57% dos votos válidos – os efetivamente dados aos candidatos, sem contar nulos e brancos. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos.

Na disputa pelo Senado não houve alterações no quadro. Aécio Neves (PSDB), primeiro colocado, teria 69% dos votos totais e 46% dos válidos. Em segundo está Itamar Franco (PPS), com 44% dos votos totais e 30% dos válidos. O petista Fernando Pimentel, que tenta tirar de Itamar a segunda vaga em disputa no Estado, oscilou um ponto para baixo. Ele tem 29% dos votos totais e 19% dos válidos.

Na corrida presidencial, a candidata do PT, Dilma Rousseff, se mantém na frente em Minas Gerais, mas sua vantagem em relação aos adversários diminuiu.

Em três dias, Dilma oscilou de 51% para 49%. O tucano José Serra se manteve com 25%, e Marina Silva (PV) passou de 13% para 15%.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios de Minas entre os dias 23 e 25 de setembro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 31.796/2010.

Para ler no original: Anastasia abre 13 pontos sobre Hélio Costa em MG<http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100927/not_imp615782,0.php>

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Tucano registra 42% contra 34% de Hélio Costa (PMDB); Aécio lidera disputa para o Senado com 67% das intenções de voto

Fonte: Estado de S. Paulo

O tucano Antonio Anastasia segue na liderança na disputa pelo governo de Minas Gerais. O atual governador registra 42% contra 34% de Hélio Costa (PMDB), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 21. Em relação à pesquisa anterior, realizada entre 10 e 12 de setembro, ambos oscilaram dentro da margem de erro. Anastasia tinha 42% e Costa tinha 32%. Em votos válidos, o tucano teria 53% contra 43% do adversário.

Fabinho (PCB), Vanessa Portugal (PSTU) e Zé Fernando Aparecido (PV) registram 1% cada um. Edilson Nascimento (PTdoB), Prof. Luiz Carlos (PSOL) e Adilson Rosa (PCO) não pontuaram. 16% ainda estão indecisos enquanto 5% disseram que vão votar em branco ou nulo.

Em um eventual segundo turno, Anastasia teria 40% contra 34% de Hélio Costa. 20% disseram não saber em quem votar e 7% declararam votar em branco ou nulo.

Senado
O ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) continua liderando a disputa pelo Senado com 67% das intenções de voto. Seu companheiro de chapa, o ex-presidente Itamar Franco (PPS), registra 44% e Fernando Pimentel (PT) tem 30%. Os demais candidatos aparecem com, no máximo, 2% das intenções de voto. 14% citaram apenas um candidato, 29% estão indecisos e 9% pretendem votar em branco ou nulo.

Presidente
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, segue na frente da preferência dos eleitores mineiros, com 51% declararam que irão votar na petista, contra 25% dos que pretendem votar em Serra e 13% em Marina.

Avaliação do governo
Para 57% dos entrevistados, o governo de Antonio Anastasia é ótimo ou bom. 19% consideram seu governo regular. 4% avaliaram como ruim ou péssimo.

Foram realizadas 2002 entrevistas em 109 municípios de Minas Gerais entre os dias 18 e 20 de setembro de 2010. A pesquisa está registrada no TRE/MG sob o protocolo nº 73370/2010 e no TSE sob protocolo n31230/2010. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

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Anastasia cresce e passa Costa em Minas

Fonte: Evandro Spinelli – Folha de S.  Paulo

Governador tucano cresceu 4 pontos nas intenções de voto, mas disputa com peemedebista continua indefinida

Desde julho, candidato de Aécio Neves (PSDB) já ganhou 22 pontos; índice de indecisos (14%) ainda é grande

Antonio Anastasia (PSDB) voltou a crescer nas intenções de voto para o governo de Minas Gerais, passou numericamente Hélio Costa (PMDB) pela primeira vez, mas a disputa no Estado continua indefinida, segundo pesquisa Datafolha.

Anastasia, atual governador e candidato apoiado por Aécio Neves (PSDB), passou de 36% para 40%. Ele está tecnicamente empatado com Costa, senador e ex-ministro das Comunicações, que oscilou de 39% para 37%.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi feito na segunda e terça-feira desta semana com 1.837 eleitores de 83 municípios.
Anastasia cresceu 22 pontos desde julho. O candidato tucano ao governo era vice-governador e assumiu a titularidade em abril após a renúncia de Aécio, seu padrinho político, para disputar uma cadeira no Senado.

De acordo com o Datafolha, se a eleição fosse hoje Anastasia terminaria com 50% dos votos válidos, em situação de empate técnico com Costa, que atinge 46%.
Ou seja, não é possível atestar que a eleição terminaria no primeiro turno. Mesmo tendo apenas dois candidatos competitivos, a soma dos votos dos candidatos “nanicos” pode levar a eleição para o segundo turno.

Em um eventual segundo turno, Anastasia teria 45% dos votos contra 42% de Hélio Costa. Mais uma vez, empate técnico.
Para projetar os votos válidos, o Datafolha distribui os indecisos, nulos e brancos proporcionalmente à intenção de voto de cada candidato. Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, lembra, no entanto, que ainda há um percentual grande de indecisos no Estado: 14%.

Vanessa Portugal (PSTU), Adilson Rosa (PCO), Fabinho (PCB), Professor Luiz Carlos (PSOL) e Zé Fernando Aparecido (PV) aparecem com 1% das intenções de voto. Edilson Nascimento (PT do B) não atingiu 1%.

Votariam nulo 3% e 1% pretendem votar em branco.

O tucano tem melhor desempenho na região metropolitana de Belo Horizonte, onde tem 46% das intenções de voto contra 34% de Costa. No interior, os dois estão empatados em 38%.A menos de 20 dias do primeiro turno, somente 21% dos eleitores sabem o número de seu candidato ou sobre como votar nulo ou branco.

Os eleitores de Anastasia são mais bem informados: 30% sabem o número de seu candidato e 68% não conhecem. Entre os eleitores de Hélio Costa, 14% disseram o número correto e 82% não souberam responder.

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